sexta-feira, 29 de maio de 2009

Meu nome é trabalho

Conheça o inspetor da Univercidade que acumula várias funções numa jornada de 14 horas.

André Paes e Reinaldo Annunciação

Atuar em 5 frentes de trabalho diferentes em um tempo tão curto pode ser algo impossível para tantas pessoas, mas não para o inspetor Levy Almeida, que trabalha na Univercidade há 7 anos e meio, e enfrenta essa árdua rotina de conciliar seus sonhos com os horários sem perder a alegria.Levy demonstra esta vontade de conquistar seu espaço desde os tempos de criança, quando ainda investia no seu sonho de se tornar um jogador de futebol. Nosso personagem foi jogador das categorias de base dos clubes Vasco da Gama, Ceres, São Cristóvão e Heliópolis, onde disputou um campeonato brasileiro e foi apontado como revelação da competição.

SONHO INTERROMPIDO

Mas este sonho foi adiado em função de uma contusão sofrida nas vésperas de uma transferência para o poderoso e rentável futebol dos Emirados Árabes. Hoje, com 28 anos, o inspetor ainda sonha com esta chance de voltar aos gramados.
- O sonho ainda existe, enfatiza o ex-jogador de futebol.Tamanha identificação com o esporte fez Levy trancar a faculdade de Direito e se matricular em Educação Física.
- Me formo esse ano em licenciatura e tenho previsão para concluir o curso no segundo semestre de 2010. Aproveito a oportunidade da bolsa que eu tenho, por ser funcionário da faculdade, para investir na minha formação, explica um entusiasmado aluno.Essa convivência com o esporte partiu de sua própria casa, quando sua mãe - que era fumante - abandonou o vício e deu início à prática de atividades físicas, para dar exemplo ao filho que antes não se interessava por nada. Levy Almeida explica que ela começou a fazer caminhadas curtas e hoje é uma maratonista que coleciona inúmeras medalhas.
- Ela me incentivou a seguir na carreira, foi o meu maior exemplo e hoje me orgulho em ter uma mãe bastante competidora como ela, se emociona o filho orgulhoso.

VIDA DE INSPETOR NÃO É FÁCIL

Levy também coleciona histórias emocionantes em sua vida profissional. Dedicado, o inspetor está sempre pronto para ir além das suas tarefas na faculdade, como no episódio envolvendo uma aluna da cadeira de dança.

- Algumas alunas de dança passavam mal por não se alimentarem direito, e de tanto fazer regime, para manter o corpo em forma. Em uma dessas ocasiões uma menina desmaiou e eu a carreguei pelos braços e a levei até o hospital Miguel Couto. Entrei pela emergência do hospital pedindo socorro porque ela estava desmaiada e não reanimava por nada. Foi uma das situações mais difíceis que eu já presenciei aqui, relembra o inspetor-herói.

Por essa e por outras, Levy bem que poderia receber uma medalha, assim como as conquistadas pela sua mãe, inspiração maior desse que pode ser considerado um SAMU ambulante da faculdade.Além da capacidade de administrar situações adversas, Levy ainda tem jogo de cintura para driblar momentos embaraçosos...

- Certa vez, durante a minha ronda, flagrei dois alunos do mesmo sexo trocando beijos calorosos e como preciso manter as coisas em ordem, precisei interromper o namoro. Essa saia justa também já aconteceu com meninas, comenta o inspetor.

O ESTAGIÁRIO E MULTIPLICADOR

Pra quem não conhece Levy em seu dia-a-dia o inspetor, que tem várias atividades acumuladas, também se dedica a um importante projeto social. O Projeto Segundo Tempo realizado na comunidade do Cantagalo na zona sul do Rio e coordenado pela UERJ. Lá na comunidade Levy assume o papel de monitor e ‘tio’, onde ensina futsal e vôlei para crianças entre 8 e 13 anos. As atividades são aplicadas em 3 dias da semana com duração de 2 horas.
Levy se orgulha em poder dividir seu aprendizado com as crianças que sonham um dia entrar para o tão desejado mercado da bola. Nessa hora cabe ao inspetor, aluno, socorrista e atleta o papel de multiplicador de sonhos.

- Vejo nelas o sonho que eu sempre tive quando pequeno. A maioria dessas crianças são carentes de carinho e se apegam aos meus ensinamentos. Muitas delas me chamam de tio, explica um monitor realizado.

Ao meio de todas estas rotinas, Levy ainda encontra tempo para se dedicar a dois estágios. O morador de Guadalupe explica que precisa levantar às 4h30 para montar a estrutura da escolinha de vôlei da jogadora Jackie Silva na praia de Ipanema e voltar ao trabalho na Univercidade.
- Chego a Ipanema às 6h e coloco as redes, faço a marcação das quadras, coloco as antenas e as proteções. Quando termino sigo para a faculdade e começo o meu expediente antes das 7h, relata o estagiário de Jackie.
Levy Almeida estuda no turno da tarde e segue para outro estágio em uma academia localizada em Jacarepaguá, onde aplica aulas de spinning e alongamento. Para quem não conhece o inspetor não consegue imaginar a dimensão de sua polivalência. Este trabalhador é um tipo 'cara valente' que encara toda essa correria sem perder o sonho e o sorriso no rosto.
- Eu ainda vou voltar para o futebol, conclui um esperançoso Levy.
Alguém duvida?

sábado, 23 de maio de 2009

Flanelinhas da zona sul são explorados pela empresa privada do serviço de vaga certa

Funcionários da Embrapark são afetados financeiramente depois da nova gestão

André Paes e Ludmila Alves

Passados três meses desde que a Embrapark assumiu o serviço de vaga certa em toda a zona sul carioca, os guardadores de automóveis – conhecidos popularmente como flanelinhas – já sentem no bolso as diferenças da administração atual comparada a da CET-Rio. A empresa espanhola, que conquistou o direito de administrar todos os estacionamentos da zona sul da cidade, não vem cumprindo com as exigências contratuais firmadas no processo de licitação. O resultado é um prejuízo para os funcionários que atuam nos estacionamentos públicos gerenciados pelo grupo espanhol.

É o caso de Dário Barreto que trabalha há 10 anos como flanelinha, e atua na zona sul há 9 anos em Ipanema. O guardador teve seu salário reduzido em até duas vezes comparado ao da gestão anterior e está com o vale transporte e auxílio alimentação atrasados em três semanas.


Dário Barreto já pensa em mudar de profissão


Dário explica que na época em que era autônomo o seu serviço era comissionado em R$1,20 por talão, o que lhe rendia um salário líquido de até R$1.600,00. Hoje, ele recebe um salário fixo de R$500,00. O que, segundo o próprio guardador, compromete no sustento de sua família e despesas da casa.

- Eu tenho duas filhas e pago pensão alimentícia em juízo e o colégio da mais velha. Com o salário que eu recebia eu pagava todas as minhas despesas pessoais e o meu curso. Agora só me restam R$6,00 por mês, explica de forma inconformada.


Dário em sua rotina nas ruas de Ipanema


DEFICIENTES E IDOSOS FICARAM SEM VAGA


Hoje a zona sul carioca conta com 1.800 vagas e 4.000 guardadores atuando nestes estacionamentos. Com a privatização do serviço houve uma redução de 40% no quadro de funcionários, e os mais afetados com este corte foram os guardadores deficientes físicos e idosos.

O Sindicato dos Guardadores de Automóveis do Estado e Região (Singaerj) entrou com uma liminar na justiça para cassar a privatização do setor, em função destas irregularidades apontadas pelos guardadores. Outra manobra adotada pelo sindicato, seria recolocar os funcionários demitidos em vagas que não são controladas pela Embrapark.

Os guardadores chegaram a realizar uma manifestação na Câmara Municipal em protesto contra as atuais condições de trabalho. Segundo Dário Barreto, 10 vereadores se mostraram interessados em defender a causa dos flanelinhas e, inclusive, o deputado estadual Wagner Montes se ofereceu a prestar ajuda aos guardadores de carros.

- Já propus aos demais flanelinhas para abrirmos um processo no Ministério do Trabalho e procurarmos o Wagner Montes em seu programa na televisão, afirma Dário.

De acordo com o sindicato, o lucro obtido pela empresa com os pontos localizados na zona sul, atinge a faixa de R$1,3 milhão mensais. A privatização do serviço rendeu aos cofres da Prefeitura R$1,7 milhão. O processo de licitação foi iniciado pelo ex-prefeito César Maia e finalizado pelo atual prefeito, Eduardo Paes.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cantina Informal

Carla Marques e Reinaldo Annunciação


Se perguntarmos para os estudantes da UniverCidade de Ipanema quem é Juarez Rolart, muitos não sabem responder. Mas se falarmos em “Cabeça”, todos sabem dizer quem ele é.
Cabeça trabalha no ramo de lanches há 15 anos, mas no “campus” da UniverCidade de Ipanema há três. Sua cantina é uma Towner que foi totalmente adaptada para a produção de sanduíches. Tem lanche para todos os gostos e por isso o local onde fica estacionado a “cantina informal”, todo o dia, fica lotado.
O cardápio tem opções variadas e atrai pessoas não só da faculdade, mas das redondezas. Segundo o lancheiro, até taxistas param para pedir um lanchinho.
Dentre as opções diárias que são cachorro-quente e misto-quente, Cabeça destaca outros sanduíches que são campeões de vendas: peito de peru ou pasta de frango no pão árabe. Além disso, há sanduíches especiais em dois dias da semana: na quinta, pasta de atum no pão integral e na sexta, um dos dias mais agitados, pasta de ovos com lombo canadense também no pão integral.
O lancheiro não revela a quantidade de sanduíches que vende, mas diz que são muitos, pois tem clientes de vários pontos do bairro.

Confira o lancheiro preparando o sanduíche do dia: Pasta de ovos com lombo canadense no pão integral



O segredo do sucesso

Quando foi questionado sobre o porquê de vender tanto em Ipanema, Cabeça diz rapidamente que o sucesso vem do atendimento. “Com certeza o bom atendimento, a simpatia e o sorriso sempre no rosto são as coisas que atraem os clientes”, afirma Cabeça.
Além disso, o preço baixo também faz a diferença. “As pessoas passam pela cantina da faculdade e preferem vir pra cá comprar, às vezes, um copo de guaraná natural, que também vende lá. Aqui eu cobro 50 centavos mais barato e as pessoas também levam isso em conta”, disse o lancheiro.

A limpeza e a higiene da cantina não são problemas

Segundo ele, embora já tenha recebido uma visita de uma funcionária da Vigilância Sanitária, nunca teve problemas. “Uma vez veio uma moça aqui, falou que era da Vigilância, mas viu que a gente estava cumprindo todas as normas de higiene (como toucas, luvas etc) e não teve problema nenhum. Ela comeu um sanduíche, gostou e foi embora”, revela Cabeça.
Quanto a operação Choque de ordem, promovida por Sergio Cabral e Eduardo Paes, o lancheiro afirma não se preocupar e brinca: “Não me preocupo não. Tá dominado!”.



Quer saber como chegar à “Cantina” do Cabeça? Veja no mapa!


Exibir mapa ampliado

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mariah Carey vai fazer show no Brasil


Carla Marques

Foi confirmado ontem à noite, que a cantora americana vai se apresentar no Brasil durante o Fashion Rocks. O evento que mistura moda e música,vai ter sua primeira edição no país nos dias 23 e 24 de outubro, no Jockey Club do Rio de Janeiro.
Na mesma passarela em que a cantora vai se apresentar, desfilam grifes como a italiana Versace, a americana Marc Jacobs e a brasileira Lenny.
Além de Mariah, cantores nacionais também vão se apresentar para garantir a diversão do público. Por isso, o evento tem gerado grande expectativa nos amantes de moda e música.
Outros grandes nomes da música internacional como Justin Timberlake e Beyoncé foram cotados como possibilidade de participarem do evento, porém não foram confirmados.


Saiba mais sobre o Oi Fashion Rocks


O evento começou em Londres em 2003 e já teve entre as atrações desfiles de estilistas como Calvin Klein e Giorgio Armani, além de artistas como Bryan Adams, Elton John e Jamiroquai. A edição brasileira terá consultoria de Paulo Borges, idealizador da São Paulo Fashion Week, e uma equipe internacional composta por Christian Lamb (responsável por turnês de Madonna, Coldplay e Lenny Kravitz e diretor dos shows); Jason Herbert (diretor criativo do evento); Robert Forrest (consultor de moda inglês), Venus Brown (curador musical) e a consultoria internacional KCD.
Além dos shows e desfiles, haverá uma série de workshops e um jantar beneficente no Hotel Copacabana Palace. Na ocasião, serão leiloadas peças de estilistas que participam do Oi Fashion Rocks, como instrumentos, jóias e fotos. Parte da renda do evento será destinada a projetos sociais.


Venda de ingressos


Segundo o release do evento, a venda de ingressos acontece a partir de junho por uma rede exclusiva de pessoas autorizadas. Logo depois, as vendas abrem para todos pela internet no site do
Oi Fashion Rocks.


Fonte: papelpop.com